FIAT LUX!
FAÇA SE A LUZ!
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ah que bom que isso é, meu Deus
Que frio e (calor) me dá
O encontro desse olhar.
Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se lançar
Na tela de uma obra de arte
Mergulho em formas e cores
A nós dois curar.

Parafraseando o poeta Vinicius de Moraes, convido-te a mergulhar nas formas e cores de uma obra de arte como um ENAMORAR-SE.
E desse lançar-se mútuo,
A cura.
SOBRE
Carla Vilela nasceu em Uberlândia, é arquiteta de formação e especialista em psicopedagogia. Além de escritora de poemas meditativos, é viajante de muitos territórios e culturas na área de programas socioambientais. Por fim, artista plástica autodidata há 20 anos.

Hoje sinto a confluência
das águas de meus percursos na verdade da tela em branco
à espera das inexplicáveis possibilidades de agradecer
e querer compartilhar o êxtase
da vida em cores, formas, movimentos e luz.
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Seu percurso múltiplo justifica-se como entrega à abundância da vida, ao mesmo tempo em que prenuncia a sua arte como a síntese.

A arte permite a síntese de todos os meus tempos no espaço de amar a vida.
Estupefata, eu sou.

Suas referências mais relevantes são Wassily Kandinsky e Gustav Klimt
nas artes plásticas, Antoni Gaudi e Oscar Niemeyer
na arquitetura, Jeanette Winterson, Clarice Lispector
e Valter Hugo Mae na literatura.
O QUE SE VÊ EM UMA OBRA DE ARTE?
Seria o que se manifesta em sua superfície de linhas, planos, formas e cores?
Acaso o que se vê no espaço de uma tela, seriam somente flores e abelhas?
Ou acaso haveria também o mel que ainda não se vê, mas que se pode sentir a vibração e o seu néctar?
Ver pode ser mais do que enxergar!
Ver é atravessar a superfície do olhar e mergulhar para dentro da tela como quem mergulha para dentro de si mesmo.
Escutar as vibrações íntimas que reverberam pelo corpo do sentir e do pensar.
Ver pode ser SE VER através do espelho da visão!
E a palavra-chave para esse mergulho é se render como um enamorar-se. Como quem rende os seus olhos às camadas de luz que pulsam em uma obra de arte! Assim como às camadas que pulsam em você!
Enamorar-se de uma obra de arte, abrindo-se para ouvi-la com os olhos do corpo todo.
“O ver, quando tocado pela beleza, nos abre interiormente e nos torna receptivos para algo mais profundo em nós mesmos, para aquilo que perfaz a nossa verdadeira essência e que sempre nos escapa.”
É aqui que acontece o mistério inexplicável da Beleza que cura.
Na tela de uma obra de arte fluem as águas do rio da vida da nascente ao poente mar sem fim.
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São águas da claridade
Espelhos d´água em que nos vemos.
São águas que curam porque lavam,
deixam ir e seguem.
São águas que trazem o novo
Emergem de lençóis freáticos além das palavras.
As águas da arte são um batismo
Elas nos iniciam em ser quem somos.
Iniciar-se em ser
É uma arte.

DEPOIMENTOS

“Nestes sessenta anos que eu leciono arte, nunca encontrei uma aluna com tanta habilidade como Carla Vilela. Além de ter um talento nato, ela passou da técnica acrílica para a óleo sobre tela sem nenhuma dificuldade. A técnica acrílica é para iniciantes, mas a técnica óleo demanda maturidade porque é mais complexa, já que implica vários aspectos ao mesmo tempo.
Outro atributo único em Carla Vilela é que todos os movimentos que ela dá com o pincel, vibram e têm vida! Isso é muito bom para mim e eu fico muito feliz de estar ao lado dela quando está pintando; é uma experiência que transborda vida! E eu digo que como professora, eu tenho aprendido muito com ela!”
Neusa Barbosa Netto
(Dedica-se à pintura desde 1962 e já expôs 2 vezes no Carrousel do Louvre, Paris)

Carla Vilela, desde hace ya varios años, ha pretendido pintar el vacío, plasmar a través de su pincelada el pasmoso equilibrio de los absolutos dándole volumen al silencio mismo. Así fue al menos cuando la conocí.
Su talento ha devenido con los años en algo diferente, su visión ha virado de objetivo poco a poco. Creo que el éxito de su empresa ha consistido no sólo en fijar la mirada en el vació sino en colonizarlo, generar el estallido cuántico de luz y color sobre el lienzo límpido que la vacuidad primera extiende. La impresión de unas formas prístinas que sólo se reconocen a sí mismas en el momento justo en que se enuncian. Antes de Carla Vilela existía nada.
Su trabajo, a lo largo de estos años en Venezuela, es eso: el relato de un génesis. Es la escritura simbólica que se narra a sí misma, es un libro de vida escrito con sus propios significantes, son enunciados preformativos que se van creando a sí mismos acreditando a su matriz de significados un sinfín de sensaciones diversas.
De manera que Carla Vilela es una usurpadora. Una transgresora de las artes visuales que coquetea impúdica con la escritura pues su obra termina siendo la más esencial de las literaturas.
Son sus cuadros-libros susurrantes que narran una historia cautivadora, una biblioteca que ora canta y ora murmura una sutil plegaria.
Mirar su trabajo es un factor de riesgo pues es dejarse invadir por un habla-queda silenciosa. Es pasearse por una narrativa súbita que cuenta su propia historia con sus propios signos.
Eso es lo que nos ofrece Carla Vilela, un cuento que ha surgido de la nada y ha aprendido a contarse a sí mismo.
Javier Veliz
Cliente e amigo
"A concepção de Krisna em Vrndãvana corno a Entidade Suprema é a mais elevada, já que a beleza está acima de tudo.
A beleza é superior a toda grandeza e poder. O poder controlador fundamental não é o poder físico, mental ou intelectual, nem qualquer outro poder, mas somente o amor e a beleza. O bem absoluto é beleza absoluta, e este é o controlador absoluto. A misericórdia está acima da justiça. "
Sri Guru e Sua Graça
Srila Bhakti Raksak Sridhar Dev-Goswami Maharaj
